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Arquitetos: Arena Arquitetura
- Área: 260 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Joana França
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Fabricantes: Albacete, Amazon Lajes, Amazon Temper, Amazon cabos, Arquitetura da Terra, AutoDesk, Blindex, Brasilit, Deca, Docol, Eletromar, Incepa, International Tintas, Jacuzzi, Konkrex, Lorenzetti, Midea Carrier, Prosonda Fundações, Reicon construtora, Roca, +7
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta residência situa-se num condomínio de casas em Manaus na área do Tarumã, onde há mata nativa, nascentes de igarapés e muitos animais silvestres. O lote detém um fragmento da exuberante Floresta Amazônica em plena área urbana e fica a 25km do aeroporto internacional. Há um desnível entre a frente e os fundos de 1,40m em declive para o fundo do lote.
Era prioritário ao projeto aproveitar o potencial paisagístico deste ambiente, preservando a mata original, não impermeabilizando o solo, aproveitando luz e ventilação naturais. O processo de construção foi cauteloso e cuidou-se para não agredir raízes e até deixar árvores atravessarem a sala de estar! A opção por uma estrutura metálica impactaria o mínimo possível já que é pré-fabricada e sob medida, portanto, não houve uso de máquinas para movimentos de terra nem derrubadas de árvores adultas. O nível térreo está a 1 (hum) metro ou mais acima do terreno natural originando uma “casa palafita”, ocupando o centro do terreno, onde havia já uma clareira. O microclima é fresco com temperatura variando entre 22oC e 34oC ao longo do ano com umidade relativa do ar com média de 90%. A fachada para a rua do lote está a sudoeste e a direção predominante dos ventos de leste a oeste.
Biofilia E Habitabilidade. Galhos e folhas diversas funcionam como cortinas-brises externas para todas as aberturas que, por sua vez, são “Bocas de Cena” da Grande Ópera da natureza que apresenta seu oxigênio, perfumes e borboletas azuis. A vida nesta redoma, sob as copas de árvores centenárias, tão perto das texturas vegetais, envolvidas pela luz e sombra das folhagens em movimento, ao som de incontáveis bichos da floresta, passam a ser qualificações únicas dos espaços criados. Tais recursos pré-existentes possuem o valor inestimável do tempo e a energia vital da natureza.
Detalhe: A Escada. Como uma semi-espiral, a escada panorâmica acessa o nível superior das suítes e o terraço, até as altas copas das árvores. É um mirante que promete uma experiência de íntima aproximação aos troncos das árvores que o cercam.
Reciclagem De Peças Metálicas. O eixo central da parte espiral da escada (2 tubos metálicos de 16cm de diâmetro) foram adquiridos em ferro velho do distrito industrial de Manaus. Para a cobertura da torre da escada, foi utilizada parte de uma antiga canalização metálica de córregos com diâmetro 2,60m. As estruturas metálicas inglesas de edifícios históricos de Manaus estão no repertório visual da arquiteta desde sua infância.
Detalhe: Mobiliário. Algumas peças do mobiliário foram exclusivamente desenhadas. Bancada para lavatório em aço pintado e angelim.
Terraço. Trata-se de um deck a 80cm de altura da laje da cobertura que coleta a água pluvial a ser armazenada. O céu é o limite!